La espacialización de la cultura gitana: aspectos socio-morfo-morfológicos

Abstract

Las sociedades actuales se caracterizan por una diversidad étnica que difiere del marco urbano existente antaño. Esta situación es fuente de riqueza a nivel social, cultural e incluso arquitectónico dado que abre las puertas a identificar diversas formas de interacción entre los habitantes y el espacio y la forma en que viven la arquitectura en general. Dentro de este marco espectral se encuentra la cultura gitana, cuyos individuos han ido evolucionando de forma positiva hacia un camino de inclusión social y laboral, pero no así desde un punto de vista espacial y urbanístico donde los procesos de segregación y exclusión todavía se evidencia. En la primera parte de la investigación se realizó un recorrido histórico de la cultura gitana desde sus orígenes a través del cual se fueron identificando aspectos que permiten apreciar las dificultades existentes en la comprensión de esta cultura y que los llevan a ser sometidos a procesos de segregación. Para dar respuesta esta problemática se establecieron dos objetivos. El primero de ellos se centró en identificar aquellos aspectos socio-morfo-topológicos que organizan los asentamientos gitanos y caracterizan su configuración espacial, centrando el análisis a dos poblados de la provincia de Pontevedra. Con los datos extraídos del estudio, se abordó el segundo de los objetivos que consistió en establecer principios integradores de estos asentamientos en el contexto urbano. La exposición de una fundamentación teórica sobre el urbanismo y sus distintas vertientes, permitió establecer conexiones con el urbanismo moderno de la cultura occidental y la cultura gitana e identificar las relaciones existentes con la morfología urbana, la topología y, sobre todo, el reflejo en ellas de los comportamientos sociales de sendas culturas. Con el estado del arte se puso en relieve la situación de los asentamientos gitanos sobre el territorio peninsular y la falta de análisis en la espacialización cultural de la etnia gitana. Posteriormente, este análisis se centró en la península ibérica donde se reseñó la situación general que existe actualmente. La metodología que se desarrollo fue la etnografía móvil que permitió analizar los dos asentamientos de los cuales posteriormente se extrajeron diversas conclusiones. Para que su resultado fuese óptimo se llevó a cabo un análisis documental y fotográfico al cual le acompañaron distintas entrevistas a personas relacionadas con los asentamientos y visitas in situ que permitieron conocer e identificar las diferentes formas de apropiación espacial, desde un punto de vista externo al de la cultura mayoritaria. Como conclusión a la investigación, se extrajeron una serie de ideas sobre los motivos por los que las sociedades gitanas todavía siguen sufriendo procesos de segregación viii espacial y social y qué alternativas se podrían llevar a cabo para atajar o, al menos, limitar esta situación. Una sociedad multicultural es sinónimo de riqueza siempre que exista un conocimiento y estudio de las especificades cada una de las culturas que las constituyen y ello se vea reflejado en un urbanismo integrador y harmónico. As sociedades de hoje caracterizam-se por uma diversidade étnica que defere do enquadramento urbano que existia no passado. Esta situação é uma fonte de riqueza a nível social, cultural e até arquitetônico, uma vez que abre as portas para identificar várias formas de interacção entre os habitantes e o espaço e a forma como vivem a arquitetura em geral. Neste quadro espectral está a cultura cigana, cujos indivíduos têm evoluído positivamente para um caminho de inclusão social e laboral, mas não do ponto de vista espacial e urbano onde os processos de segregação e exclusão ainda são evidentes. Na primeira parte da investigação, realizou-se um passeio histórico pela cultura cigana a partir das suas origens, através dos quais foram identificados aspectos que nos permitem apreciar as dificuldades existentes na compreensão desta cultura e que as levam a ser submetidas a processos de segregação. Para responder a este problema, foram estabelecidos dois objetivos. O primeiro deles focou-se na identificação dos aspetos socio-morfo-topológicos que organizam assentamentos ciganos e caracterizam a sua configuração espacial, centrando a análise em duas cidades da província de Pontevedra. Com os dados extraídos do estudo, o segundo dos objetivos foi abordado, que era estabelecer princípios integrados destas povoações no contexto urbano. A apresentação de uma base teórica sobre o urbanismo e os seus diferentes aspetos, permitiu estabelecer ligações com o urbanismo moderno da cultura ocidental e da cultura cigana e identificar as relações existentes com a morfologia urbana, a topologia e, acima de tudo, a reflexão sobre os comportamentos sociais de ambas as culturas. Com o estado da arte, destacaram-se a situação dos povoados ciganos no território peninsular e a falta de análise na espacialização cultural do grupo étnico cigano. Posteriormente, esta análise incidiu sobre a Península Ibérica, onde foi delineada a situação geral no presente. ix A metodologia que foi desenvolvida foi a etnografia móvel que permitiu analisar as duas povoações a partir das quais foram posteriormente retiradas várias conclusões. Para que o seu resultado fosse o ideal, foi realizada uma análise documental e fotográfica, acompanhada por diferentes entrevistas com pessoas relacionadas com os assentamentos e em visitas in situ que permitiram conhecer e identificar as diferentes formas de apropriação espacial, de um ponto de vista externo ao da cultura maioritária. Como conclusão da investigação, foram extraídas uma série de ideias sobre as razões pelas quais as sociedades romanichéis ainda sofrem de processos de segregação espacial e social e que alternativas poderiam ser levadas a cabo para enfrentar ou pelo menos limitar esta situação. Uma sociedade multicultural é sinónimo de riqueza, desde que exista um conhecimento e estudo das especificidades de cada uma das culturas que as constituem e isso se reflete num urbanismo integrador e harmonioso. Actual societies are characterised by an ethnic variety that differ from the urban framework existing in ancient times. This current situation is a source of wealth from a social, cultural, and even architectural point of view. Thus, it provides opportunities to identify different ways of interaction between inhabitants and space, together with the way they live in the architecture itself. In this spectral frame we find the gypsy culture, whose individuals have evolved in a positive way towards a social and labour inclusion path. However, this was not achieved from a spatial and urbanistic point of view, where the segregation and exclusion problems are still obvious. In the first part of the investigation, a gypsy´s cultural historical journey was developed from the very beginning through which different aspects were identified. These aspects allowed to appreciate the existent difficulties of this cultural awareness, unleashing segregation processes. To meet these problems some goals were stablished. The first one was focused on identifying those social, morphological, and topological aspects that organise the gypsy settlements and that characterise its spatial configuration. The analysis was centred in two areas located in Pontevedra. With the studies´ results, the second goal was tackled. It consisted in stablishing integrating principles of these settlements in the urban context. x The exposition of a theoretical basis about urbanism and its different aspects allowed to stablish connections with the occidental and gypsy culture modern urbanism. It also lead to the identification of the existent relationships with the urban morphology, the topology and especially its reflections on social behaviour within the culture. The art status emphasised the gypsy settlements situation about the peninsular territory and the lack of analysis in the cultural spatial gypsy´s ethnic group. Subsequently, this analysis was centred in the Spanish peninsula where the current situation was emphasised. The ethnography programme was the methodology used, which allowed to analyse both settlements from which some conclusions were deduced from subsequently. To have optimal results, a documental and photographical analysis was carried out. These analyses were joined by different interviews to people related with the settlements, together with in situ visits that allowed to meet and identify different ways of spatial appropriation from an external point of view to the main culture. In conclusion to the investigation, some ideas about the still ongoing spatial and social segregation causes in the gypsy societies were deduced. In addition to these ideas, other were also noticed, such as which alternatives could be developed to stop, or at least limit this situation. A multicultural society is a synonym of wealth if there is knowledge and studies of each culture´s specificity. This must be reflected in an integrating and harmonic urbanism.