Maternal gatekeeping association with men's mental health and parental self-efficacy: mediation of dyadic adjustment

Abstract

A maioria dos estudos que focam os homens no exercício da sua parentalidade, dedicam-se à análise dos fatores que podem influenciar o seu envolvimento com a criança, mas menos são os que se dedicam à análise dos fatores que podem estar associados a uma maior ou menor qualidade da experiência psicológica da paternidade. O presente estudo procurou examinar a associação entre o maternal gatekeeping e a saúde mental e autoeficácia parental dos pais, bem como o papel mediador do ajustamento diádico nesta relação. A amostra incluiu 142 homens, com idades compreendidas entre os 21 e os 57 anos de idade, e que tinham filhos com idades entre os 0 meses e os 10 anos. Os dados foram recolhidos através da divulgação do estudo nas redes sociais, bem como instituições de ensino da área Metropolitana do Porto que aceitaram difundir o estudo no seu estabelecimento. Os resultados obtidos demonstraram que maior perceção de comportamentos de maternal gate-opening e uma menor perceção de comportamentos da maternal gate-closing estão associados a níveis mais elevados de saúde mental e perceção de auto-eficácia por parte dos pais, mediados por diferentes indicadores de ajustamento diádico (respetivamente, satisfação e coesão diádica, para a saúde mental, e consenso e coesão diádica, para a auto-eficácia parental). Adicionalmente, uma maior perceção de comunicação materna está associada a maiores níveis de saúde mental através de maiores níveis de coesão diádica. Os resultados deste estudo contribuem para intervir preventiva e remediativamente com as famílias, nomeadamente, psico-educar as famílias sobre a importância de considerar os contributos de cada um dos pais para o desenvolvimento da criança, especificamente o papel do pai. Most studies focusing on men's parenting are devoted to analysing the factors that may influence their involvement with the child, but less are dedicated to analysing the factors that may be associated with a higher or lower quality of the psychological experience of fatherhood. The present study wanted to examine the association between maternal gatekeeping and fathers' mental health and parenting self-efficacy, as well as the mediating role of dyadic adjustment in this relationship. The sample included 142 men, aged between 21 and 57 years, who had children aged between 0 months and 10 years. Data were collected through the dissemination of the study on sociais networks, as well as educational institutions in the Porto Metropolitan area that accepted to disseminate the study in their establishment. The results obtained showed that a higher perception of maternal gate-opening behaviours and a lower perception of maternal gate-closing behaviours are associated with higher levels of parental mental health and perceived self-efficacy, mediated by different indicators of dyadic adjustment (respectively, satisfaction and dyadic cohesion, for mental health, and consensus and dyadic cohesion, for parental self-efficacy). In addition, a higher perception of maternal communication is associated with higher levels of mental health through higher levels of dyadic cohesion. The results of this study contribute to preventive and remedial intervention with families, namely, psycho-educating families about the importance of considering the contributions of each parent to the child's development, specifically the role of the father.