Jesus, Paulo Renato
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Jesus
First Name
Paulo Renato
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Paulo Renato Jesus
Biography
Paulo Renato Cardoso de Jesus (Paulo Jesus) tem formação em Teologia, Filosofia e Psicologia, realizou o seu doutorado na EHESS (Paris) em 2006, foi Visiting Scholar em NYU e Columbia University assim como estagiário pós-doc no CREA (Paris). A Atualmente, é Investigador no Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa (CFUL) e Professor Auxiliar Convidado (tempo parcial) de Filosofia do Direito na Universidade Portucalense. A sua investigação concentra-se na obra de Kant e Filosofia Moderna, nomeadamente as conceções modernas da subjetividade (especialmente entre Descartes, Locke, Leibniz, Kant e Fichte) e os projetos de Paz Perpétua e de justiça cosmopolita. Na interseção entre Filosofia e Psicologia, Paulo Jesus tem pesquisado os processos da empatia, a construção da identidade pessoal e a personalidade narrativa autobiográfica, estabelecendo alianças teóricas entre a Fenomenologia e a Psicanálise.
Research Projects
Organizational Units
CINTESIS.UPT - Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde
Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS.UPT), former I2P, is an R&D unit devoted to the study of cognition and behaviour in context. With an interdisciplinary focus, namely on Education, Translational and Applied Psychology
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Publication Open Access Ethical and Political Constellations: Fichte, Schlegel and Hegel on Kantian Peace2024-01 - Jesus, Paulo RenatoThe reception of the Kantian essay on Perpetual Peace by Fichte, Schlegel and Hegel gives rise to a contrastive constellation of ethical, juridical and political ideas revolving around the idea of freedom, and the relationship between rights and duties within a constitutional State. In his review of the Kantian essay, Fichte (1796, Werke I, 3: 221-228; SW 08: 427-436) emphasizes the rational foundation of Kant’s Hauptidee, thus endorsing also the metaphysical status of the historical process through which Republican Constitutions are generated; for the progressive fulfillment of peace would testify both to the rational essence of Right and to the unfolding of the inexorable ends of Nature. The imperative of peace reveals the “supreme question of right” which concerns the purely rational condition of possibility of a community of free beings, i.e., the very possibility of humanity-as-community, encompassing necessarily the law of coexistence or compatibility of all possible free beings that relies on the reciprocal capacity of free self-limitation of freedom. Such capacity belongs to the people alone, and therefore it entails also the capacity to judge, without rebellion, how rightfully freedom is realized; hence, the proposition of creating a new institution, the Ephorat. In a nutshell, according to Fichte, peace and right are one and the same process of self-ordering freedom. Unsurprisingly enough, F. Schlegel accepts the equation that conjoins freedom and republicanism, and draws the logical conclusion that the true definitive article of perpetual peace would be the practically necessary political imperative of “universal and perfect republicanism” (1796, Versuch über den Begriff des Republikanismus, in Ausgabe 07: 11-25). Grounded in “primordial freedom,” source of individuality and independence, the Hegelian idea of State cannot surrender any degree of internal and external sovereignty. Consequently, the actualization of the individuality of the State implies negation, and thereby requires the continuous creation of the enemy and the continuous readiness to wage war against the enemy. Only the dialectical power of war does avoid vegetative and feminine stagnation, and by the same token it guarantees the protection and development of the State’s individuality. Peace must always be overcome by the “ethical moment” of war in which patriotic courage signifies a “universal duty” and a “formal virtue” consisting of self-sacrifice and self-abandonment or self-alignment with the universal (Grundlinien der PR, §§. 259, 324-327).Publication Open Access Processos de análise narrativa: desenvolvimento e personalidade como ser-em-estórias2010 - Jesus, Paulo RenatoA “narratividade” tornou-se uma abordagem transversal a diversas áreas da Psicologia, remetendo para conteúdos assaz heterogéneos, nomeadamente: um paradigma epistemológico geral (concebendo a Psicologia como “ciência do sentido vivido”), uma teoria psicológica da personalidade ou do desenvolvimento, uma “família” de metodologias de investigação e um modelo de intervenção psicológica (visando a “reescrita de estórias de vida”). Contudo, se nos centrarmos especificamente na intersecção entre psicologia da personalidade e psicologia do desenvolvimento, o paradigma narrativo oferece um ângulo teórico-metodológico que permite aceder a processos semióticos de auto-representação, essenciais para compreender a organização da personalidade e um dos seus eixos dinâmicos de desenvolvimento. Neste sentido, o objectivo do presente texto consiste em rever e avaliar algumas das posições teóricas e dos métodos de recolha e de interpretação de dados psicológicos narrativos que se têm revelado pertinentes para o estudo da construção da identidade pessoal.Publication Restricted Access Poétique de l'ipse: Une hypothèse sur le cogito postmétaphysique2017 - Jesus, Paulo RenatoToute philosophie du sujet s’égare inévitablement dans les labyrinthes des malentendus ou se heurte aux impasses des antinomies non-éclairées de la raison, tant qu’elle ne repose pas sur les règlesinhérentes au développement de la pensée et, par conséquent, tant que la pensée ne se découvre pas elle-même comme système épigénétique nomologique, et système toujours en état de processus ou en acte. Pour maîtriser l’art de se comprendre soi-même et d’être d’accord avec soi-même, la subjectivité doit pouvoir se saisir sur le mode de l’opération constructrice. Il n’est point de cohésion possible en moi si « cela qui pense en moi [dieses Ich, oder Er, oder Es (das Ding), welches denket] » (CRP, A 346/ B404) ne parvient pas à se penser comme l’exercice même d’être sujet : exercice de se penser Soi-même comme règle ou loi d’action – la loi la plus universelle cernée dans le cas le plus singulier, l’unité unificatrice : Je pense X.Publication Open Access Poétic de l’ipse: Étude sur le je pense Kantien2008 - Jesus, Paulo RenatoPublication Open Access Podem as razões subjacentes a uma acção ser as causas (eficientes) dessa Acção? O labirinto do Descontínuo: Gramática, Fenomenologia e ontologia da Acção2011 - Jesus, Paulo RenatoRazões e causas tipificam duas gramáticas ou jogos de linguagem que tendem para a inco‑ mensurabilidade. Estas gramáticas instituem uma discriminação qualitativa entre a auto‑efi‑ cácia de se ser alguém e a eficácia simétrica, impessoal, de se ser algo. As razões podem comportar‑se como causas, embora seja profundamente absurdo interpretar razões como causas e vice‑versa. Contudo, para que as razões possam assumir tal eficiência causal, é necessário admitir vários postulados: primeiro, uma ontologia monista assegurando a comu‑ nicação de eficiência dinâmica entre duas cadeias de fenómenos, ou seja, a série de repre‑ sentações intencionais e a série de movimentos corporais, que implicaria a coexistência entre uma homogeneidade ontológica profunda e uma aparente heterogeneidade superficial; segundo, uma fenomenologia auto‑vigilante, capaz de reconhecer a peculiaridade do “Eu sinto” que deve poder acompanhar o “meu agir” e o “meu fazer acontecer”, ainda que acei‑ tando a validade de uma incerteza metafísica invencível. A exploração das relações entre razões e causas ilustrará o modo como a subjectividade emerge sob o signo de um processo unificador – mas instável – de construção de sentido.Publication Open Access Matter and selfhood in Kant’s Physics: A contemporary reappraisal2010 - Lori, Nicolás F.; Jesus, Paulo RenatoPublication Open Access Michel Foucault e a revolução narrativa em psicopatologia e psicoterapia: Ser-em-estórias entre Pathos e Poiesis2017-09 - Jesus, Paulo RenatoO modelo narrativo em psicopatologia e psicoterapia, com dinamismo crescente desde a proposta inicial de White e Epston (1990), afi rma-se como crítica “discursiva” não somente das categorias de diagnóstico psicopatológico, mas também da assimetria cognitiva e prática na relação psicoterapêutica. Neste artigo, examinamos os fundamentos epistemológicos desse modelo, recorrendo a Michel Foucault para examinar os processos simbólicos de criação narrativa da subjetividade.Publication Open Access Ética e estética: Sobre a poesia após Auschwitz2018 - Jesus, Maria Helena; Jesus, Paulo RenatoPublication Open Access L'action comme événement: Ignorance et sentiment cosmo-tragique de soi entre Kant et Kleist2014 - Jesus, Paulo RenatoLe verdict du tribunal de la raison, institué par la critique kantienne, commande la fin de la métaphysique qui se muerait en croyance rationnelle, absolument nécessaire dans le cadre de la raison pratique et de ses exigences d’intelligibilité. Cependant, l’assimilation existentielle de l’impossibilité de la métaphysique par Kleist déclenche non seulement le sentiment de finitude et d’humilité de la raison, mais aussi le refus tragique, désespéré, d’une science strictement phénoménale et d’une solution croyante pour apaiser son besoin de vérité absolue. Ainsi, une catastrophe, comme le tremblement de terre de Lisbonne ou du Chili, convoque des significations contrastées : Kant s’attache à la mécanique naturelle et à la possibilité d’un dessein inscrutable, tandis que Kleist éprouve la vie sous le signe du hasard, « voyage sans but », dont le mouvement offre le dynamisme diasporique du salut impossible.Publication Open Access La construction du «règne des fins»: Épigénèse infinie de la liberté et de la justice2017 - Jesus, Paulo RenatoL’année 1784 constitue dans l’ensemble de la production kantienne un moment privilégié, un kairos philosophique, qui offre des ressources précieuses permettant de mieux saisir sa conception critique de l’histoire humaine et, plus précisément, le rapport entre raison – ou intelligence – et événement. De telle sorte que la compréhension critique de l’événementialité épouse ici l’élucidation du caractère événementiel de la raison elle-même. Donc, la raison de l’histoire s’éclaire dans le dynamisme historique de la raison. Il en découle la nécessité de procéder à une sorte de « critique de la raison historique », telle qu’elle se mani-feste au cœur de la philosophie transcendantale; ce qui se produit précisément lorsque Kant travaille entre « raison théorique » et « raison pratique », si bien que l’histoire devient le point d’intersection et le lieu de passage entre l’ordre de la vérité et l’ordre du bien. Ainsi, à l’encontre du kantisme de Dilthey1, c’est-à-dire sans séparer « nature » et « liberté », sans convertir la philosophie transcendantale et sa quête d’universalité en tâche herméneutique, la philosophie kantienne de l’histoire propose une synthèse laborieuse, sous un point de vue unificateur et sous une hypothèse téléologique totalisante, entre événementialité et intelligi-bilité, entre événement et action. De plus, l’émergence de la rationalité finale, au lieu de l’intelligence divine, vient relier profondément nature et histoire, annonçant à la fois l’organicisme de la troisième Critique.