Contributos educativos para evitar o stresse profissional nos terapeutas ocupacionais.

Abstract

As profundas mudanças no mundo do trabalho à escala mundial, têm gerado um aumento vertiginoso de doenças relacionadas com o trabalho, nomeadamente o stresse, com um forte impacto na saúde dos trabalhadores, das organizações onde trabalham e da sociedade em geral (Eurofound, 2012; ILO, 2011; Lundberg & Cooper, 2011). O contexto de saúde apresenta particularidades, já que afeta não só a saúde dos seus profissionais, como também poderá afetar os cuidados daqueles que recorrem aos seus serviços (Cooper, Dewe, & O'Driscoll, 2001; NIOSH, 2008; Sacadura-Leite & Uva, 2012). A aprendizagem ao longo da vida, em que as competências e conhecimento do indivíduo se desenvolvem de forma ininterrupta nas várias dimensões da sua vida ao longo de um continuum educativo, nas várias modalidades de aprendizagem, formal, não formal e informal, nunca foi tão valorizada como no atual contexto da nossa sociedade (Antunes, 2008; Pires, 2005; Comissão Europeia, 2000). A literatura mostra que as competências para lidar em situações de stresse podem ser aprendidas e desenvolvidas (Frydenberg, 1996; Lipp, 2009), dando-se cada vez mais atenção ao desenvolvimento de currículos escolares que promovam estas competências. Conhecer as fontes e o nível global de stresse que afeta a classe dos profissionais de Terapia Ocupacional (TO), identificando quais as competências que consideram importantes para lidar com o Stresse Relacionado com o Trabalho (SRT), propondo ações no âmbito da educação para a sua prevenção, constitui a finalidade deste estudo.